segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jorge Cabeleira, Rock Nacional do Nordeste Brasileiro


Quando lemos uma resenha de disco, sabemos tratar-se de um álbum conhecido clássico ou de um lançamento que certamente não demorará pra estar rodando de mão em mão entre os amigos. Porém quando se trata de um disco desconhecido, de uma banda menos conhecida ainda, o prato pode ser indigesto pra maioria acostumada a receber tudo já divulgado pela indústria fonográfica. Contudo, meus amigos, se vocês forem mais perspicazes no tocante a procura, nem precisa ser uma pesquisa profunda, pode-se conhecer sons surpreendentes que levantam facilmente o questionamento do porque aquele tal disco não ter estourado na mídia.

Cenário: rock nacional do nordeste brasileiro.

Época: década de 90.

A estagnação criativa imperava na releitura de tudo o que já havia sido feito. Nos E.U.A. surge o grunge que remodelou o punk e surgiu com moda (alguns dizem tendência) no vestuário, na sonoridade e na atitude de centenas de bandas. No Brasil, algo pra salvar a década: um ímpeto underground artístico que ficou conhecido como mangue beat. Dentre tantas bandas que estamparam sucessos em rádios e na MTV, algumas ficaram no ostracismo, apesar de serem excelentes. Uma dessas é a desta resenha. “Jorge Cabeleira e o Dia Em Que Seremos Todos Inúteis”. Sim, o nome desta banda de Recife é este mesmo. E o disco abordado é o homônimo à banda, primeiro álbum lançado pela Sony Music em 1994.

“12 Badaladas” abre o trabalho apresentando logo de início influências de histórias em quadrinhos, desenhos animados, filmes trash, hard core e música nordestina. “Jabatá e o Diabo” narra uma história de terror em pleno sertão selvagem. “...ladrão praga, enchente e um bando de gente doente” abundam com o sorriso do diabo enquanto Jabatá diz “Quero toda safada enrolada num pano preto melado de sangue e cera de vela queimada”. “Sol e Chuva” é uma versão da música de Alceu Valença que aqui ganha uma roupagem contemporânea e certamente satisfazendo o autor. “Carolina” mostra como até Luiz Gonzaga pode virar uma versão de muito bom gosto alternando partes de forró de pé de serra com hard core que cativam para o pogo. “Nervoso Na Beira Do Mar” é poética. Começa com uma batida preguiçosa de guitarra elétrica, transformando-se num punk rock de primeira. “Silepse” mantém o ritmo de punk rock misturado com baião com letra regional e retratando a realidade sertanista. “A História Do Zé Pedrinho” conta uma tragédia nordestina de traição conjugal de uma maneira tão simplista que chega a ser envolvente em sua narrativa. A poesia de “O Dia Em Que Conceição Subiu a Serra” mostra como levar o ritmo nordestino com guitarras de uma maneira bem peculiar. “Canudos” é uma tragédia megalomaníaca em que remete o ouvinte a um dos episódios mais sangrentos da História do Brasil onde o Estado reprimiu e chacinou um povo que só queria viver em uma comunidade independente. “Os Segredos De Sumé” é outra versão, agora de Zé Ramalho e conta com a participação especial do próprio que atesta a boa miscelânea musical provocada. “Recife” é uma espécie de desabafo que prega a reforma agrária, a descriminalização da maconha e reclama das condições precárias do homem do sertão e do favelado da capital. “Psicobaião” poderia muito bem ter sido composta por um dos grandes nomes da música nordestina, já citados aqui. “Carnaval” fecha o disco com um dos hard core mais raivosos já registrados pela indústria fonográfica. É a única música do álbum que não tem influências nordestinas e exatamente como um carnaval, passa o clima de desordem.

Em suma, instrumentos de arranjos como guitarras distorcidas, triângulo e sanfona, em parceria com o sotaque carregado e desleixado, equilibram a raiva do recifense urbano e do agricultor abandonado no sertão. Dificilmente surgirá uma outra banda que conseguiu essa coerência perfeita entre baião, punk rock, forró e hard core. Pena o grupo não existir mais. Porém o legado está registrado comprovando que o criativo, o empolgante e o poético nem sempre estão disposto de uma maneira mais aberta para o público em geral.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Kid Vinil na Saraiva do Manauara Shopping

Foto: Site da Livraria Saraiva


Entrevistar uma lenda viva do rock que já escreveu dezenas de artigos, alguns livros sobre a história do rock, tem um dos melhores blogs da Internet e está sempre antenado no circuito mundial do ritmo mais popular do mundo, é uma tarefa delicada. Uma pergunta mal formulada ou uma informação sem embasamento pode ser motivo de gafe quando dita frente a um arquivo vivo.
Celebridade à parte, Kid Vinil nos recebeu muito bem. Esbanjou carisma e conversou por cerca de uma hora em sua sessão de autógrafos no lançamento de seu livro “Almanaque Do Rock”, pela Ediouro, realizado no Espaço Cultural da Livraria Saraiva no Shopping Manauara no dia 27 de agosto.
Começou falando ao público, por cerca de 20 minutos, todo o processo de criação do livro contando várias histórias de bastidores. Em seguida partiu pra sessão de autógrafos. Formou-se a fila e esperamos ela terminar pra poder abordá-lo (já havíamos acertado com ele antes que faríamos a entrevista após os autógrafos).
Chegada nossa vez, começamos o bate papo. Foram dezesseis perguntas que abordavam o início da carreira de radialista e músico até suas mais recentes novidades e dicas de bandas promissoras, sem deixar de passar pelos aspectos pessoais que movem essa lenda chamada Kid Vinil. Cada resposta era uma história contada. Lembranças de um passado marcante, saudosismos de momentos únicos e gargalhadas aprovando a satisfação na entrevista.
Indicamos alguns sebos pro ávido colecionador de vinil, passamos CDs de bandas locais e pegamos os devidos autógrafos.
No dia seguinte a lenda fez discotecagem na casa noturna “Fellici” e ainda tocou num show ao vivo com a banda de apoio “Oficial 80”. Chegamos a conversar por uns 10 minutos antes do show e a fizemos algumas imagens. Lembrando que não é a primeira vez que ele tocou em Manaus.
Obrigado pela “aula” Kid. Tomara que outros livros venham, de preferência, sempre com sua presença.


domingo, 5 de setembro de 2010

Dia 04/09 Show do Vulcano





Os Portais do Inferno se abriram em Manaus.

Na noite de 04 de setembro do ano corrente, os portais do inferno se abriram em Manaus. De dentro deles eis que surge a banda Vulcano. Pioneira no black/death-metal brasileiro, o grupo tocou pela primeira vez no “green hell” em seus quase 30 anos de existência. O pré show ficou (respectivamente) por conta das bandas locais “Extremamente Tosco” (que substituiu a programada “Dark Serenity”), “Evil Syndicate” e “Infection” que exerceram o serviço de aquecimento do público com a destreza de profissionais em ascensão. Rugem as enferrujadas dobradiças dos portões infernais e sobe ao palco o Vulcano. Dentre clássicos a músicas novas, umas cantadas em português outras em inglês, cada uma saia na fluência e na competência de quem discorre seu trabalho com a tranqüilidade que só experientes de décadas possuem. A casa não estava lotada, mas o público (cerca de 600 pessoas) fez jus à hospitalidade manauara e faminta do estilo, vez ou outra aclamando em coro o nome da banda nos intervalos entre as músicas e fazendo grande diferença pra chamada desta de volta ao palco no bis. O carisma dos caras é simplesmente cativante. Estiveram quase que constantemente misturados ao público e o fato de não terem trazido roadies, fez com que eles mesmo estivessem à frente do stand de souvenirs. Destaca-se aqui o exemplo de Zhema Rodero, guitarrista e único membro remanescente da formação original, que apesar da idade avançada, não se cansou de tirar fotos ou prestar autógrafos e até mesmo de conversar com quem quisesse. O “figura” é a humildade em pessoa e demonstrou estar a vontade, apesar de ser praticamente uma lenda viva do metal brasileiro. Enfim, uma noite que saciou os manauaras amantes da música pesada. Vale frisar a excelente estratégia da produtora organizadora “Fuck Off Produções” em vender lotes de ingressos antecipados com uma boa diferença de preço. No primeiro lote, o ingresso custava a significante diferença de 100% do preço no dia do evento. Grandes idéias como esta só fortalece a produtora (que garante a promoção do evento ajudando em seus custos iniciais), favorece o público (que tem acesso a um preço popular) e confirma a vinda dos músicos (toda banda precisa do “sinal” de 40 a 50% do cachê antecipadamente pra realizar o show). Parabéns, garotos! Que essa seja apenas a primeira de uma série de empreitadas de sucesso.




quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os 100 melhores guitarristas da história



.: Os 100 melhores guitarristas da história :.

A Rolling Stone lançou mais uma de suas famosas listas, desta vez dedicada aos que tocam aquele que é o instrumento mais ligado ao rock and roll e seus gêneros derivados: a guitarra.

A revista elegeu os "100 melhores guitarristas" de todos os tempos e a relação criou uma bela discussão aqui na cozinha, principalmente porque a publicação não divulgou quais os critérios empregados.

Depois de muitas conjecturas, concluímos que a eleição baseou-se, principalmente, na popularidade do instrumentista e/ou de sua banda. Isso explicaria o fato de Kurt Cobain (Nirvana, na 12ª posição), Johnny Ramone (Ramones, 16ª) e Jack White (White Stripes, 17ª) ocuparem posições superiores às de guitarristas de peso como Ritchie Blackmore (ex-Deep Purple, atual Blackmore’s Night, 55ª) Eddie Van Halen (Van Halen, 70ª) e Tony Iommi (Black Sabbath, 86ª). Também explicaria, em parte, a ausência de guitarristas consagrados, como Steve Vai, Joe Satriani e John Petrucci (Dream Theater), dentre outros.

Pensando nisso o Blog do programa Vertical Classic Rock resolveu pedir a todos que montem sua lista e postem pra gente. A Melhor lista vai ganhar um cd MP3 com os 100 melhores guitarristas de sua lista.

Abaixo, estão listados os 25 melhores colocados:

01 - Jimi Hendrix
02 - Duane Allman - the Allman Brothers Band
03 - B.B. King
04 - Eric Clapton
05 - Robert Johnson
06 - Chuck Berry
07 - Stevie Ray Vaughan
08 - Ry Cooder
09 - Jimmy Page - Led Zeppelin
10 - Keith Richards - the Rolling Stones
11 - Kirk Hammett - Metallica
12 - Kurt Cobain - Nirvana
13 - Jerry Garcia of the Grateful Dead
14 - Jeff Beck
15 - Carlos Santana
16 - Johnny Ramone - the Ramones
17 - Jack White - the White Stripes
18 - John Frusciante - the Red Hot Chili Peppers
19 - Richard Thompson
20 - James Burton
21 - George Harrison
22 - Mike Bloomfield
23 - Warren Haynes
24 - The Edge - U2
25 - Freddy King
26 - Tom Morello - Rage Against the Machine and Audioslave
27 - Mark Knopfler - Dire Straits
28 - Stephen Stills
29 - Ron Asheton - the Stooges
30 - Buddy Guy
31 - Dick Dale
32 - John Cipollina - Quicksilver Messenger Service
33 & 34 - Lee Ranaldo, Thurston Moore - Sonic Youth
35 - John Fahey
36 - Steve Cropper - Booker T. and the MG's
37 - Bo Diddley
38 - Peter Green - Fleetwood Mac
39 - Brian May - Queen
40 - John Fogerty - Creedence Clearwater Revival
41 - Clarence White the Byrds
42 - Robert Fripp - King Crimson
43 - Eddie Hazel - Funkadelic
44 - Scotty Moore
45 - Frank Zappa
46 - Les Paul
47 - T-Bone Walker
48 - Joe Perry - Aerosmith
49 - John McLaughlin
50 - Pete Townshend
51 - Paul Kossoff of Free
52 - Lou Reed
53 - Mickey Baker
54 - Jorma Kaukonen - Jefferson Airplane
55 - Ritchie Blackmore - Deep Purple
56 - Tom Verlaine - Television
57 - Roy Buchanan
58 - Dickey Betts
59 & 60 - Jonny Greenwood, Ed O'Brien - Radiohead
61 - Ike Turner
62 - Zoot Horn Rollo - the Magic Band
63 - Danny Gatton
64 - Mick Ronson
65 - Hubert Sumlin
66 - Vernon Reid - Living Colour
67 - Link Wray
68 - Jerry Miller - Moby Grape
69 - Steve Howe - Yes
70 - Eddie Van Halen
71 - Lightnin' Hopkins
72 - Joni Mitchell
73 - Trey Anastasio - Phish
74 - Johnny Winter
75 - Adam Jones - Tool
76 - Ali Farka Toure
77 - Henry Vestine - Canned Heat
78 - Robbie Robertson - the Band
79 - Cliff Gallup - the Blue Caps (1997)
80 - Robert Quine - the Voidoids
81 - Derek Trucks
82 - David Gilmour - Pink Floyd
83 - Neil Young
84 - Eddie Cochran
85 - Randy Rhoads
86 - Tony Iommi - Black Sabbath
87 - Joan Jett
88 - Dave Davies - the Kinks
89 - D. Boon - the Minutemen
90 - Glen Buxton - Alice Cooper
91 - Robby Krieger - the Doors
92 & 93 - Fred "Sonic" Smith, Wayne Kramer - the MC5
94 - Bert Jansch
95 - Kevin Shields - My Bloody Valentine
96 - Angus Young - AC/DC
97 - Robert Randolph
98 - Leigh Stephens - Blue Cheer
99 - Greg Ginn - Black Flag
100 - Kim Thayil - Soundgarden

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Clássicos do Rock Nacional anos 70



Muito já foi dito sobre os primórdios do Rock’N’Roll brasileiro (Celly Campelo & Cia), a Jovem Guarda (Roberto Carlos & Cia) e sobre as bandas brasileiras que surgiram na década de 80 (Blitz, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Titãs etc), mas, e a década de 70? Embora os detratores digam que os anos 70 foram uma década "perdida", o fato é que sim, tivemos rock de qualidade naqueles anos! Certo, foram anos de transição (inclusive política), talvez muitas bandas não tenham apresentado trabalhos excepcionais, mas com certeza abriram caminho prá tudo o que temos hoje em dia. Talvez a maioria das bandas "copiassem" descaradamente o som que vinha de fora, talvez as letras fossem um tanto "ingênuas" (mal aliás do qual também padecem as bandas da década de 60...) mas o fato é que, sem estes verdadeiros heróis (heróis sim, se hoje é difícil fazer rock imagine naqueles tempos) não tivessem aberto caminho hoje não teríamos tudo isto que está aí! Muitos sequer deixaram registro, outros gravaram um disco ou outro e depois acabaram sucumbindo ao mainstream... bem, podem não ter feito sucesso mas pelo menos se divertiram bastante... de qualquer forma dedico este pequeno ensaio à esses heróis (muitos deles anônimos) que contribuiram prá manter acesa a chama do verdadeiro Rock!

Long Live Rock’N’Roll

AERO BLUES

Superbanda formada na década de 70 por Celso Blues Boy (guitarra), Renato Ladeira (ex-membro da BOLHA - vocais e teclados), Marcelo Sussekind (outro ex-BOLHA – baixo) e Geraldo D’Arbilly (bateria). Infelizmente não deixaram nenhum registro gravado, mas diz-se que fizeram shows antológicos, principalmente num famoso clube carioca chamado Apaloosa.

ÁGUA BRAVAS

Já ouví falar muito desta superbanda, que aparentemente teria contado com Zé da Gaita/Ivo Ricardo e o lendário "Jacaré" na bateria. Sei que o nome Água Brava trata-se de um protesto do pessoal contra a destruição de Sete Quedas. Parece que gravaram um compacto em meados da década de 80. Porém a pessoa mais indicada prá falar sobre eles é nosso amigo Heavyman, que teve a honra de assistí-los ao vivo!

AVE DE VELUDO

Esta banda teve um bom disco editado pela Baratos Afins em 1982, e nem a fraquíssima produção conseguiu obscurecer o talento do pessoal. Faziam uma espécie de Hard Blues eletrificado. Formação: Índio (vocais), Paulinho Prado (baixo), Ney Prado (guitarra), e Sérgio Tenório (bateria).

BACAMARTE

Grupo brasileiro de Rock Progressivo na ativa desde a década de 70, porém só conseguiram gravar seu primeiro (e único disco) em 1983, considerado um dos clássicos do progressivo nacional. Formação: Jane Duboc (vocais), Mário Netto (guitarra), Delto Simas (baixo), Sérgio Villarim (teclados), Marco Veríssimo (bateria) e Marcus Moura (flauta). Já saiu em cd independente, meio difícil de ser encontrado, mas prá quem gosta de progressivo ou mesmo de boa música vale a pena batalhar uma cópia!

BAGGA’S GURU

Banda formada na segunda métade da década de 70 por Thomas Beerman (guitarra, vocais), Sérgio Santana (baixo), Ronaldo Anonym (teclado) e Ângelo Giannini (bateria). Seu único disco foi lançado pela Baratos Afins em 1984, embora aparentemente tenha sido gravado em 1977.

BARCA DO SOL

Banda brasileira que uniu em seus três discos sonoridades acústicas com toques de progressivo, aliado às letras – geralmente feita por poetas "marginais". Formação: Nando Carneiro (violão, guitarra e vocal), Muri Costa (violão e vocal), Beto Rezende (violão e percussão), Alan Pierre (baixo e percussão) e David Game (flauta). Passaram também pela Barca o cantor Ritchie e Jacques Morelembaum.

Discografia: Barca do Sol (1974), Durante o Verão (1976), Pirata (1979)

BIXO DA SEDA

Formado no Rio Grande do Sul em 1967 com o nome de LIVERPOOL por Foguete (vocal), Mimi Lessa (guitarra), Peco Pássaro (guitarra), Marcos Lessa (baixo) e Édson Espíndola (bateria). Em 1971 resolveram se mudar para o Rio de Janeiro, onde lançam um compacto pela Polydor (Hey Menina). Durariam com algumas mudanças de formação até 1973, quando se separaram, voltando a se unir em 1975, desta vez tendo na formação Renato Ladeira (órgão/guitarras/harmônica/vocais), Marcos Lessa (baixo/viola/harmônica/ vocais), Mimi Lessa (guitarra solo/vocal/viola), Edson Espíndola (bateria/ percussão/vocal) e Fuguett Luz (vocal/flauta/percussão). Com esta formação gravariam seu único disco pela Continental em 1975. Contaram ainda com a presença de Vinícius Cantuária em 1976, mas logo depois se separam, desta vez em definitivo. Curioso é que boa parte dos integrantes da banda foram tocar com um grupo de discomusic (!) chamado As Frenéticas (quem têm minha idade ou um pouco mais vai se lembrar delas...) Até onde sei não existe nenhuma edição em cd deste disco, houve uma reedição em vinil pela Phonodisc em 1988, mas infelizmente numa capinha simples bem vagabunda por sinal – a original era dupla.

BOLHA, A

Grupo formado no Rio de Janeiro, originalmente com o nome de THE BUBBLES, tendo lançado um compacto em 1966 com as faixas "Não vou cortar o cabelo/Porque sou tão feio". Após fazer o tradicional circuito de bailes acabaram acompanhando Gal Costa como banda de apoio. Em 1970 foram assistir ao Festival da Ilha de Wight, e ficaram impressionados com o que viram por lá, de modo que retornando ao Brasil resolveram mudar radicalmente sua sonoridade, resultando num compacto simples lançado em 1971 com as faixas "Sem nada/18:30 parte I – Os Hemadecons cantavam em coro chôôôôôôô" (não me perguntem o que quer dizer isto...). Em 1972 ganham o prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção, o que lhes propicia condições de gravarem seu primeiro disco em 1973, Um Passo À Frente, fazendo um rock básico com algumas faixas numa linha bem progressiva. Nesta época a banda contava com Pedro Lima (guitarras, harmônicos, vocal), Renato Ladeira (órgão Hammond, Farfisa, guitarras, vocal), Lincoln Bittencourt (baixo, vocal) e Gustavo Schroeter (bateria, vocal). Em 1975 participam do lendário festival "Banana Progressiva" realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas dos dias 29 de maio à 1º.de junho. Após alguns altos e baixos e mudanças de formação, em 1977 gravam seu segundo e último disco, É Proibido Fumar, no qual adotaram uma sonoridade um pouco mais "pesada", abandonando definitivamente o progressivo. Nesta época a formação era Renato Ladeira (guitarra, teclados e vocal), Pedro Lima (guitarra), Lincoln Bittencourt (baixo,vocal), Sérgio Herval (bateria). Mas as vendas não foram muito boas, o que acabou decretando o fim da banda, logo após tocaram como banda de apoio numa turnê de Erasmo Carlos.

CASA DAS MÁQUINAS

Uma particularidade no caso desta banda é que tiveram apenas três discos lançados totalmente diferentes entre sí! Formada em 1973 por Netinho (Luiz Franco Thomaz – bateria, percussão), Aroldo (José Aroldo Binda – violão, guitarra e vocal), Carlos Geraldo (baixo, vocal), Pisca (Carlos Roberto Piazzoli – guitarra, órgão, baixo, violão), Pique (piano, órgão, sax, flauta). Com esta formação gravam seu primeiro lp em 1973 intitulado somente "Casa das Máquinas". Na época seu som oscilava entre hard/pop com ligeiras pitadas de MPB. Prosseguiram fazendo o circuito de bailes e clubes na periferia de São Paulo. Em 1975 sai Pique e entram Marinho (Mário Franco Thomaz – irmão de Netinho – na bateria, percussão e vocais e Marinho II (Mário Testoni Jr – órgão, clavinete, moog, melotron, pianos). Lançam seu segundo disco, "Lar de Maravilhas", um clássico do progressivo nacional. Prosseguem fazendo shows e em 1976 gravam mais um disco, outro clássico do rock nacional da década de 70, só que desta vez adotando o rock’n’roll, o "Casa de Rock". Duram até 1977 quando se envolvem num episódio mal-esclarecido que resultou na morte de um cinegrafista da TV Record. Inexplicavelmente o primeiro disco continua inédito em cd até hoje.

CHAVE, A

Banda de hard-rock formada em Curitiba em 1975 por Ivo Rodrigues (guitarra e vocal), Paulino de Oliveira (guitarra e vocal), Carlão Gaertner (baixo) e Orlando Azevedo (bateria). Aparentemente eles teriam gravado um lp em 1976, porém se existe é raríssimo. Não confundir com a quase homônima banda paulistana (A Chave do Sol) .

FLAMBOYANT

Outra lendária banda da década de 70 que infelizmente não nos legou nenhum registro fonográfico (ao lado do Aero Blues). Atuaram entre os anos de 76 e 77, tendo feito inclusive shows com Raul Seixas. Sua formação girou em torno de Celso Blues Boy (guitarra), Zé da Gaita (guitarra e vocal), Gabriel O’Meara (ex-PESO – guitarra), Papineanu Constant (outro ex-PESO – teclados), Carlinho Scart (baixo), Vicente de Oliveira (bateria) e Élcio Binóculo (bateria). Torçamos prá que um dia apareça alguma fita que esteja perdida em algum canto.

HUMAUACA

Lendário grupo Brasileiro/Argentino de folk/rock/jazz/blues formado em meados da década de 70 por Billy Bond e Américo Iça (vocais), Daniel Mencini (guitarra), Emílio Carreira (teclados), Willy Verdaguer (baixo), Dudu Portes (bateria – depois substituído por Chico de Medori) e Márcio Werneck (flauta, sax e percussão). Não nos legaram nenhum registro na época, porém a Record Runner está prometendo prá breve um lançamento em cd de um show ao vivo em 1978.

JOELHO DE PORCO

Embora não possa ser considerada como uma banda de rock, pois agregava diversos elementos à sua música, incluindo todo um lado "teatral" nas suas apresentações, o Joelho de Porco angariou muitos fãs roqueiros com sua "mistureba" de rock com ritmos latinos, música sertaneja, samba, etc. Sua formação sofreu muitas variações com o passar dos anos (só perdem para o Made in Brazil) girando em torno de Próspero Albanese (vocal, ocasionalmente bateria) e Tico Terpins (violão, guitarra e vocal). Passarem pelo Joelho Billy Bond, Ricardo Petraglia, Conrado Assis, Flávio Pimenta, Mozart de Mello, etc etc etc...

Discografia: São Paulo – 1554/hoje (1975), 45 rpm (1977), Joelho de Porco (1978), Saqueando a Cidade (1983), 18 Anos sem Sucesso (1987)

LEGIÃO ESTRANGEIRA

Grupo formado em 1976 por Celso Blues Boy (vocal,guitarra), Ernesto Blogg (baixo) e Fernando (bateria). Dizia-se que faziam um hard-blues de extrema competência, mas infelizmente foi outra banda que não nos deixou nada gravado.

MADE IN BRAZIL

Decanos do rock brasileiro, na estrada desde o final da década de 60 até os dias de hoje, o Made já teve mais de cinquenta formações diferentes em toda sua existência, mas sempre girando em torno dos irmãos Celso e Oswaldo Vecchione (baixo e guitarra respectivamente). Já passaram pelo Made músicos lendários do rock nacional como Cornélius, Babalu, Zeca Jagger e muitos outros. Apesar de ter uma discografia pequena, o Made consegue manter seu público fiel devido ao grande número de shows que realizam.

Discografia: Made in Brazil (1974), Jack o estripador (1976), Paulicéia desvairada (1978), Minha vida é o Rock’n’Roll (1980), Pirata – ao vivo (1986)

MÓDULO 1000

Banda carioca formada em 1969 por Daniel (guitarra), Luís Paulo (teclados), Eduardo (baixo) e Candinho (bateria). Nunca ouví o som deles, mas dizem que trata-se de um hard-rock com algumas pitadas de blues (o que me deixa extremamente curioso...). Lançaram um compacto em 1970 e um lp (raríssimo) em 1972 chamado "Não fale com as paredes".

MOTO PERPÉTUO

Primeira banda de Guilherme Arantes, antes dele se tornar um "astro pop". Faziam uma mistura de Rock Progressivo com pitadas de MPB e música Pop. Particularmente só conheço um lp deles lançado em 1974, mas dizem que houveram dois discos anteriores, um de 1969 (!) e outro de 1971.

PATRULHA DO ESPAÇO

Formada em meados da década de 70 como banda de apoio à Arnaldo Batista, faziam um som pesado (prá época), tendo lançado quatro discos entre 1978 e 1983, todos com o nome de Patrulha do Espaço. Passaram pelo Patrulha Sérgio Dias (guitarra), Percy Weiss (ex-Made in Brazil – vocal) John Flavin (guitarra), Oswaldo Cokinho (baixo), Rolando Castelo Júnior (bateria) e Guina Martins (teclados). Existem também dois discos gravados na época em que estavam com Arnaldos, chamados "O Elo Perdido" e "Faremos uma noitada excelente" (gravado em vivo em 13/05/78).

PESO, O

Banda formada no Ceará no início da década de 70 por Luís Carlos Porto e Antônio Fernando, que montaram uma dupla e vieram ao Rio de Janeiro participar do VII Festival Internacional da Canção em 1972 defendendo uma música chamada "O Pente". Pouco depois se separam e em 1974 Luís Carlos se junta a Gabriel O’Meara (guitarra), Constant Papineau (piano), Carlinhos Scart (baixo) e Carlos Graça (bateria). Logo em seguida lançam o petardo "Em busca do tempo perdido", seu único disco, um clássico do rock nacional!

Infelizmente as vendas não foram muito boas, e a banda acaba em 1977.

RECORDANDO O VALE DAS MAÇÃS

Grupo de Rock Progressivo formado na década de 70 por Fernando Pacheco (violão, guitarra), Ronaldo Mesquita (baixo), Fernando Motta (violão), Eliseu de Oliveira Filho (teclados), Moacir Amaral Filho (flauta), Luiz Aranha (violino) e Lourenço Gotti (bateria). Lançam um lp em 1978 (As crianças da nova floresta) numa linha meio folk, com bastante baladas acústicas e uma pitada de progressivo. Em 1994 houve o lançamento deste disco em cd, porém não se trata do mesmo álbum mas sim de uma regravação feita especialmente para o lançamento em cd!

ROCK DA MORTALHA

Infelizmente não disponho de maiores informações sobre esta lendária banda, apenas que participaram do festival de Águas Claras em 1975 e segundo fontes que assistiram ao show, faziam um som a la Black Sabbath...

SECOS E MOLHADOS

Embora não possa ser considerada propriamente uma banda de rock, pois agregava um pouco de jazz, mpb e o que mais viesse à cabeça de seus componentes, o S&M merece um lugar na história do rock brasileiro. Tudo começou por volta de 1971 com o jornalista português João Ricardo, que tinha uma única idéia: fundir a música dos Beatles com a poesia de Fernando Pessoa/Oswald de Andrade e de seu próprio pai, João Apolinário, numa banda de rock. Logo conheceu Gérson Conrad, violinista e compositor, influenciado por jazz/bossa nova, e decidiram formar uma banda que pusesse tudo isto no liquidificador. Faltava um cantor, e eis que surge um cantor/ator extremamente carismático: Ney Matogrosso: pronto, estava formado um dos maiores fenômenos da música brasileira da década de 70: SECOS E MOLHADOS. Seu primeiro disco lançado em 1973 foi um sucesso absoluto, conseguiu desbancar o rei Roberto Carlos em vendas! Ao vivo seus shows marcaram época, graças à extrema habilidade de seus músicos e às perfomances provocantes (prá época) de Ney Matogrosso. Em 1974 mais um disco (também chamado somente Secos e Molhados) novamente um grande sucesso. Logo em seguido Ney resolve seguir carreira solo pondo fim à banda. João Ricardo ainda tentaria ressuscitar a banda por duas vezes, em 1977 e 1980, mas em vão, pois o S&M já havia cumprido seu papel.

Discografia: Secos & Molhados (1973), Secos & Molhados (1974), Secos & Molhados (1978), Secos & Molhados (1980), Ao Vivo no Maracanãzinho (1981)

SOCIEDADE ANÔNIMA

Banda carioca que tocava um blues com pitadas de hard-rock no início da década de 70, tendo lançado um disco homônimo em 1972 pela Som Livre (alguém teria uma cópia por aí?)

SOM IMAGINÁRIO

Superbanda de apoio a Milton Nascimento formada em 1970 para o show "Ah! É O Som Imaginário", tendo partido para carreira-solo no mesmo ano. Embora tenha durado apenas três anos, por ela passaram diversos músicos. Seus dois primeiros discos seguem uma linha mais MPB, porém o último (Matança do Porco) fazia uma bem-acabada síntese de jazz e rock progressivo, sendo nesta época a formação Wagner Tiso (teclados), Luíz Carlos (baixo), Robertinho (bateria) e Tavito (guitarra). Neste disco contam ainda com a participação de Milton Nascimento. Os três discos foram relançados em cd num belíssimo box-set com uma reprodução das capas originais (ou seja, prá se comprar um têm que levar os três...)

Discografia: Som Imaginário (1970), Nova Estrela (1971), Matança do Porco (1973)

SOM NOSSO DE CADA DIA

Formado em 1970 por Manito (teclados, violino, flauta, sax), Pedrinho (vocal e bateria), Pedrão (baixo, viola e vocal) inicialmente chamavam-se CABALA, tendo sido o primeiro grupo brasileiro à aparecer com os rostos pintados em cartazes publicitários – muitas pessoas pensam que isto começou com os SECOS & MOLHADOS. Pouco tempo depois sob a influência de Capitão Fuguete – pseudônimo de Paulinho Machado, figura lendária no meio artístico, poeta e historiador musical, resolvem trocar o nome da banda para SOM NOSSO DE CADA DIA – título de um poema feito por ele. O primeiro show feito com este nome foi no ginásio do Ibirapuera no Kohoutek Festival em 1973. Gravam então seu primeiro e clássico álbum – Snegs – marco do progressivo brazuca, lançado em 1974, praticamente na mesma época em que fazem os shows de abertura da famosa turnê de Alice Cooper, fazendo cinco memoráveis shows com um público estimado de 140.000 pessoas! Apesar do sucesso relativo, Manito resolve deixar a banda no final de 1975, que passa a contar com Tuca (teclados) e Egídio Conde (guitarras). Com esta formação lançam mais um disco em 1977, Som Nosso (Sábado/Domingo), no qual adotaram uma sonoridade funk(?) – dizem que este disco é um marco do movimento funk carioca, contendo inclusive uma música que deu nome à uma famosíssima banda carioca de funk – Black Rio. Após mais algumas andanças, a banda encerra atividades com um show na Bahia em 1977 – gravado em tape e disponível no circuito dos "colecionadores" – desta vez com a seguinte formação: Pedrinho, Pedrão, Ricardo Cristaldi (teclados) e Luciano Soares (guitarras). Em 1996 lançam o "Live 94", registro de um show ao vivo acontecido nos dias 01 e 02 de outubro de 1994 no Centro de Cultura de São Paulo, onde os veteranos Manito, Pedrão e Pedrinho, acrescido de Homero Lotito nos teclados e Jean Trad nas guitarras nos dão uma verdadeira aula de boa música!

TELLAH

Grupo brasiliense de progressivo (com pitadas de hard-rock) formado em meados da década de 70 por Cláudio Felício (guitarra), José Veríssimo da Silva (baixo) e Felipe de Andrade Guedes (bateria). Montaram uma peça de teatro em 1977 chamada "O Cavalo de Guerra". Em 1980 gravam seu único disco ("Continente Perdido " - já relançado em cd), contando somente com Cláudio da formação original, desta vez ao lado de Denis Torre (bateria, violão, sintetizador, vocal) e Marconi Barros (baixo, violão, sintetizador, vocal).

TERÇO, O

Uma das maiores bandas de rock brasileiro da década de 70, o Terço iniciou suas atividades no final da década de 60 contando na época com a seguinte formação: Sérgio Hinds (guitarra, vocal), César das Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). Lançam seu primeiro disco em 1970 com Jorge Amiden no lugar de César das Mercês, basicamente rock anos 60 com algumas leves pitadas de progressivo. Somente em 1973 com o lançamento do segundo disco é que adotam definitivamente o progressivo, embora seu disco mais famoso tenha sido o Criaturas da Noite, um clássico do rock brazuca! Nesta época a banda contava com Hinds, Moreno, Magrão e Flávio Venturini (teclados, viola, vocal). Apesar de ser o disco mais famoso do Terço, estranhamente até hoje a única edição em cd deste disco foi da versão em inglês (!) lançada em 1976 visando o mercado externo. Em 1976 lançam Casa Encantada, com a participação de César das Mercês desta vez na flauta. Logo após Venturini deixa a banda, que lança mais três discos, desta vez optando por uma sonoridade mais MPB. Desaparecem então por um bom tempo, retornando em 1993 com Time Travellers, desta vez com Sérgio Hinds (vocal, guitarra), Luiz de Boni (teclados), Andrei Ivanovic (baixo) e Franklin Paolillo (bateria). Em 94 sai mais um disco, desta vez gravado ao vivo com uma Orquestra Sinfônica!

Discografia: O Terço (1970), Terço (1973), Criaturas da Noite (1975), Casa Encantada (1976), Mudança de Tempo (1978), Som Mais Puro (1982), Time Travellers (1993), Live at Palace (1994)

TERRENO BALDIO

Banda de Rock Progressivo formada no início da década de 70, porém só conseguiram gravar seu primeiro disco em 1975 com a seguinte formação: Ronaldo Lazzarini (teclados), Mozart de Mello (guitarra, vocais), João Ascenção (baixo), Fusa (vocais) e Joaquim (bateria). Em 1978 gravam mais um disco (Além das Lendas Brasileiras) desta vez contando com Ayres Braga no lugar de Ascenção. Houve um relançamento do primeiro disco em cd no ano de 1993, mas devido ao fato das fitas-master terem desaparecido ainda na década de 70, foram convocados Lazzarini, Mello e João Carlos Kurk (vocal, flauta, percussão) para uma regravação do mesmo (interessante é que houve uma reedição em vinil pirata datada da mesma época – gravada de uma cópia em vinil! Isto sem contar que o nome da gravadora original da época era "Pirata"...)

VELUDO

Grupo carioca formado em 1972 com o nome de Veludo Elétrico, considerado um verdadeiro celeiro de músicos brasileiros, por lá passaram Lulu Santos (guitarra), Fernando Gama (baixo), Rui Motta (bateria), Nélson Laranjeiras (baixo, vocal), Túlio Mourão (teclados), Pedro Jaguaribe (baixo), Gustavo (bateria) e muitos outros... Seu som era uma mistura de hard-rock com blues e progressivo, mais umas leves pitadas de MPB. Em 1998 houve o lançamento de um cd contendo a apresentação deles no festival "Banana Progressiva" realizado em 1975.

VÍMANA

Lendária banda brasileira da década de 70, o Vímana foi formado em 1974 por Fernando Gama (ex-Veludo – baixo), Lulu Santos (outro ex-Veludo – guitarra), Luiz Paulo Simas (ex-Módulo 1000 – teclado) e Candinho (outro ex-Módulo 1000 – bateria). Em agosto de 1974 fazem sua estréia ao lado dos MUTANTES, O TERÇO E VELUDO num festival em São Paulo. Em 1975 tocam no Hollywood Rock (sim, isto já existe desde aquela época... inclusive dizem que existem cópias em vídeo da apresentação deles - alguém por aí teria?). Nesta época Candinho se torna discípulo de um guru oriental, e acaba saindo da banda. Entram então na banda Ritchie (vocais, flauta) e João Luís Woenderbarg – o popular Lobão (bateria). Com esta formação gravam um disco (que não foi lançado até hoje) e um compacto simples contendo as músicas Zebra/Masquerade em 1977, pouco antes de implodir. Pena que hoje os atuais ex-integrantes reneguem seu passado chamando o tipo de som que faziam de "masturbação musical"...

Bibliografia

ABZ do Rock Brasileiro (Marcelo Dolabela, 1987)
Enciclopédia do Rock (Editora Somtrês, sem data)
Livro Negro do Rock (Leopoldo Rey e Gilles Philipe, Ed.Somtrês, s/data)
História do Rock (Roberto Muggiati, Ed.Somtrês, s/data)
Enciclopédia do Rock Progressivo (Leonardo Nahoum, 1984)
Encartes de cds, capas/contracapas de discos, recortes de jornais etc.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vertical Classic Rock

O Melhor programa de Classic Rock da Região Norte! Apresentação Sandro Red, Endrix Freitas e Mário Orestes.
Entrevistas, Música, Perversão e Lançamentos de Bandas Novas.
Vertical Classic Rock
Todas as Quartas das 18 as 20 horas e aos Sábados das 14 as 16 horas.
Na Web Rádio Vertical
www.radiovertical.com