terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pink Floyd - The Wall

Produção do ano de 1982, “Pink Floyd – The Wall” é uma obra prima intelectual da arte musical da MGM inspirada no disco homônimo lançado pela banda em 1979.  A direção de Alan Parker, que assina o roteiro junto com Roger Waters, é magnífica.  Especialista em metáforas visuais, Parker deleitou-se na fotografia e edição com a já metafórica história auto biográfica de Waters.  Na verdade o vocalista baixista do Pink Floyd, juntou a sua história com a do ex-guitarrista Syd Barret em referências diretas ao nazismo, à estafa do mundo musical e ao sistema educacional conservador da Inglaterra, tudo dentro dos bastidores de uma grande banda do mainstream.  A produção em si foi uma tortura para Parker e Waters que não se suportavam devido ao choque inevitável de dois grandes ícones egocêntricos do universo artístico.  A película também conta com belíssimas animações de Gerald Scarfe que ajudaram na expressão das metáforas e servem como ótimos entretenimentos psicodélicos (se é que vocês me entendem) devido ao surrealismo explorado.  Uma curiosidade é que a atuação do protagonista principal é de Robert Frederick Zenon Geldof (mais conhecido como Bob Geldof), que apesar de ser músico, compositor e ativista político, fez uma ótima interpretação dramática digna de excelentes atores.
Violência, drogas e psicologia densa ilustram este longa metragem de 99 minutos numa maneira bucólica, plástica e encantadoramente dramática culminando num filme indispensável pra qualquer um que aprecie cinema, animação e boa música.




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Azul Limão - Vingança

Formada bem no início dos emblemáticos anos 80, mais precisamente em 1981, o Azul Limão é oriundo do Rio de Janeiro.  Nasceu e cresceu no cenário metálico nacional ao lado de outros grandes nomes como Dorsal Atlântica, Vulcano e Taurus.  As letras das músicas próprias cantadas em português, em momentos mostravam-se ingênuas e noutros mostravam-se poéticas.  Contudo, o bom desempenho do vocalista Rodrigo Esteves em harmonia perfeita com o ótimo instrumental, sobrepunha acima de tudo profissionalismo e dignidade para o estilo.  Nos solos da maioria das músicas, é evidente a influência erudita dos músicos, que fica mais explícita ainda com a abertura do segundo disco da banda (“Ordem e Progresso” lançado em 1987) que abre com uma introdução rocker da Estação Primavera de Antoni Vivaldi, mas esse ficará para uma outra resenha.
O disco de estréia chamado “Vingança”, lançado em 1986, é uma pérola perdida na memória do rock nacional por não estar em catálogos.  Seu set list abre com uma pequena introdução instrumental de 18 segundos que é seguida da ótima “Portas Da Imaginação”, onde de cara, percebe-se o potencial instrumental e vocal dos músicos.  “Satã Clama Metal” tornou-se um hino do metal brazuca e até hoje é indispensável no repertório de qualquer show feito por eles.  “Sangue Frio” vem em sequência com uma das letras mais poéticas que já escreveram no rock nacional.  A música fica na cabeça do ouvinte.  “Fora Da Lei” é uma das mais rápidas do disco e transparece a excelente dicção vocal expressa.  “Não Vou Mais Falar” tem uma letra quase romântica, mas é salva pela tragédia recitada.  “O Grito” tem um riff lento, mas incrivelmente cativante e também gruda na memória do ouvinte.  Letra também poética beirando o lirismo.  “Você Não Faz Nada” é outra rápida, quase punk, com o inconformismo para aqueles que só reclamam e não apresentam nenhum tipo de reação para um mundo melhor.  A música título do disco fecha o álbum com outra cacetada bem heavy metal.
A banda lançou seus dois primeiros discos e depois disso se desfez.  Alguns de seus componentes chegaram a montar posteriormente uma outra banda de hard rock cantado em inglês chamada “X-Rated” e até alcançaram um certo destaque, mas não chegou a vingar por muito tempo.  Na virada do século voltaram a se reunir como Azul Limão, lançaram mais dois discos (“Pegasus, The Tapes I” e “Amazona, The Tapes II”, ambos do ano de 2001) e estão reunidos até hoje somente para alguns raros shows revivals dos anos 80 que garantem casa cheia com público animado.
 
 

domingo, 28 de novembro de 2010

Chakal Em Manaus

                      Uma das bandas pioneiras do extreme metal no Brasil, o Chakal fez história na fusão de thrash e death dos anos 80 e que perdura até os dias de hoje.  Como é de praxe, a técnica e o virtuosismo prevalece nos instrumentais acompanhados pelo vocal gutural.  Primeira vez dessa lendária banda em Manaus.  Simplesmente imperdível.


sábado, 27 de novembro de 2010

Show De Marcelo Nova Em Manaus

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Especial De Patti Smith

Como eu assumi a direção e apresentação do programa Vertical Classic Rock da Rádio Vertical.  Agora tenho a liberdade pra tocar o que quiser, como quiser.  O amigo Endrix Freitas está me auxiliando na direção e produção.  Começamos mudando o formato do programa.  Agora exploramos num bloco várias músicas de um só artista ou banda ou de um só disco.  Falamos um pouco a respeito e colocamos a sequência pra tocar.  O que mantemos do formato que já fazíamos é entrevistar convidados e um especial sempre no último programa do mês.  Este último programa do mês de outubro, fizemos um especial do Camisa de Vênus.  Veio a calhar por estarmos próximo ao show de Marcelo Nova em Manaus e por eu entrevistar meu amigo Ehud Abensur, que está veiculando a vinda de Marcelo Nova.
Para o último programa do mês de novembro, que será precisamente no sábado do dia 27 de novembro, faremos um especial de Patti Smith.  Poeta com vários livros lançados, compositora e intérprete, da geração do CBGB (lendária casa de shows de New York que revelou ao mundo talentos como Talking Heads, Blondie, Television, Ramones, dentre outros ícones), com mais de uma dezena de discos gravados.  Quem tiver interesse em escutar 2 horas da música de Patti Smith no programa Vertical Classic Rock, basta entrar no site do programa (www.radiovertical.com) no dia 27 as 14:00 (horário Manaus).