terça-feira, 21 de setembro de 2010

Curiosidades no Mundo da Música.



Os 200 Álbuns definitivos do Rock N' Roll Hall of Fame.

Este é uma lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame que mostra os 200 melhores álbuns já produzidos por artistas ou bandas de toda a história da música mundial, de acordo com os critérios do Rock and Roll Hall of Fame e da National Association of Recording Merchandisers (NARM). São adotados como critério pelos dois um bom desempenho de vendas e a continuidade do potencial com popularidade duradoura.

Em primeiro lugar, aparece a banda britânica The Beatles com o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, lançado em 1967. Em segundo lugar, está o grupo Pink Floyd com Dark Side Of The Moon, de 1973. E a terceira posição é ocupada pelo cantor Michael Jackson, com o álbum mais vendido de toda a história musical: Thriller. A mulher mais bem colocada é a estadunidense Carole King com o álbum de estúdio Tapestry . Os Beatles são os artistas que mais aparecem na lista, em um total de 5 vezes. Logo atrás, segue LedZeppelin e Metallica, com 4; Pink Floyd, Michael Jackson, The Rolling Stones, U2, Prince e Bob Dylan com 3 vezes.

Aqui vai os 20 primeiros Álbuns e os 10 Últimos com a seqüência numerada.

Tabela dos 20 primeiros álbuns definitivos

Posição↓

Álbum [3][4]↓

Artista↓

Data de lançamento↓

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

The Beatles

1 de junho de 1967

Dark Side of the Moon

Pink Floyd

25 de outubro de 1973

Thriller

Michael Jackson

30 de novembro de 1982

Led Zeppelin IV

Led Zeppelin

8 de novembro de 1971

The Joshua Tree

U2

9 de março de 1987

Exile on Main St.

The Rolling Stones

12 de maio de 1972

Tapestry

Carole King

30 de janeiro de 1970

Highway 61 Revisited

Bob Dylan

30 de agosto de 1965

Pet Sounds

Beach Boys

16 de maio de 1966

10ª

Nevermind

Nirvana

24 de setembro de 1991

11ª

Ten

Pearl Jam

27 de agosto de 1991

12ª

Abbey Road

The Beatles

26 de setembro de 1969

13ª

Supernatural

Santana

15 de junho de 1999

14ª

Metallica

Metallica

12 de agosto de 1991

15ª

Born to Run

Bruce Springsteen

25 de agosto de 1975

16ª

Music from the Motion Picture "Purple Rain"

Prince

25 de outubro de 1990

17ª

Back in Black

AC/DC

25 de julho de 1980

18ª

Let It Bleed

The Rolling Stones

28 de novembro de 1969

19ª

The Doors

The Doors

4 de janeiro de 1967

20ª

American Beauty

Grateful Dead

1 de novembro de 1970


Tabela dos 10 Últimos álbuns definitivos

191ª

Aja

Steely Dan

Setembro de 1977

192ª

Stardust

Willie Nelson

1978

193ª

Sparkle

Aretha Franklin

Maio de 1976

194ª

Andrea

Andrea Bocelli

9 de novembro de 1994

195ª

Bringing It All Back Home

Bob Dylan

22 de março de 1965

196ª

Never Too Much

Luther Vandross

12 de agosto de 1981

197ª

All That You Can't Leave Behind

U2

30 de outubro de 2000

198ª

2112

Rush

1 de abril de 1976

199ª

Aquemini

OutKast

29 de setembro de 1999

200ª

We're an American Band

Grand Funk Railroad

Julho de 1973

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jorge Cabeleira, Rock Nacional do Nordeste Brasileiro


Quando lemos uma resenha de disco, sabemos tratar-se de um álbum conhecido clássico ou de um lançamento que certamente não demorará pra estar rodando de mão em mão entre os amigos. Porém quando se trata de um disco desconhecido, de uma banda menos conhecida ainda, o prato pode ser indigesto pra maioria acostumada a receber tudo já divulgado pela indústria fonográfica. Contudo, meus amigos, se vocês forem mais perspicazes no tocante a procura, nem precisa ser uma pesquisa profunda, pode-se conhecer sons surpreendentes que levantam facilmente o questionamento do porque aquele tal disco não ter estourado na mídia.

Cenário: rock nacional do nordeste brasileiro.

Época: década de 90.

A estagnação criativa imperava na releitura de tudo o que já havia sido feito. Nos E.U.A. surge o grunge que remodelou o punk e surgiu com moda (alguns dizem tendência) no vestuário, na sonoridade e na atitude de centenas de bandas. No Brasil, algo pra salvar a década: um ímpeto underground artístico que ficou conhecido como mangue beat. Dentre tantas bandas que estamparam sucessos em rádios e na MTV, algumas ficaram no ostracismo, apesar de serem excelentes. Uma dessas é a desta resenha. “Jorge Cabeleira e o Dia Em Que Seremos Todos Inúteis”. Sim, o nome desta banda de Recife é este mesmo. E o disco abordado é o homônimo à banda, primeiro álbum lançado pela Sony Music em 1994.

“12 Badaladas” abre o trabalho apresentando logo de início influências de histórias em quadrinhos, desenhos animados, filmes trash, hard core e música nordestina. “Jabatá e o Diabo” narra uma história de terror em pleno sertão selvagem. “...ladrão praga, enchente e um bando de gente doente” abundam com o sorriso do diabo enquanto Jabatá diz “Quero toda safada enrolada num pano preto melado de sangue e cera de vela queimada”. “Sol e Chuva” é uma versão da música de Alceu Valença que aqui ganha uma roupagem contemporânea e certamente satisfazendo o autor. “Carolina” mostra como até Luiz Gonzaga pode virar uma versão de muito bom gosto alternando partes de forró de pé de serra com hard core que cativam para o pogo. “Nervoso Na Beira Do Mar” é poética. Começa com uma batida preguiçosa de guitarra elétrica, transformando-se num punk rock de primeira. “Silepse” mantém o ritmo de punk rock misturado com baião com letra regional e retratando a realidade sertanista. “A História Do Zé Pedrinho” conta uma tragédia nordestina de traição conjugal de uma maneira tão simplista que chega a ser envolvente em sua narrativa. A poesia de “O Dia Em Que Conceição Subiu a Serra” mostra como levar o ritmo nordestino com guitarras de uma maneira bem peculiar. “Canudos” é uma tragédia megalomaníaca em que remete o ouvinte a um dos episódios mais sangrentos da História do Brasil onde o Estado reprimiu e chacinou um povo que só queria viver em uma comunidade independente. “Os Segredos De Sumé” é outra versão, agora de Zé Ramalho e conta com a participação especial do próprio que atesta a boa miscelânea musical provocada. “Recife” é uma espécie de desabafo que prega a reforma agrária, a descriminalização da maconha e reclama das condições precárias do homem do sertão e do favelado da capital. “Psicobaião” poderia muito bem ter sido composta por um dos grandes nomes da música nordestina, já citados aqui. “Carnaval” fecha o disco com um dos hard core mais raivosos já registrados pela indústria fonográfica. É a única música do álbum que não tem influências nordestinas e exatamente como um carnaval, passa o clima de desordem.

Em suma, instrumentos de arranjos como guitarras distorcidas, triângulo e sanfona, em parceria com o sotaque carregado e desleixado, equilibram a raiva do recifense urbano e do agricultor abandonado no sertão. Dificilmente surgirá uma outra banda que conseguiu essa coerência perfeita entre baião, punk rock, forró e hard core. Pena o grupo não existir mais. Porém o legado está registrado comprovando que o criativo, o empolgante e o poético nem sempre estão disposto de uma maneira mais aberta para o público em geral.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Kid Vinil na Saraiva do Manauara Shopping

Foto: Site da Livraria Saraiva


Entrevistar uma lenda viva do rock que já escreveu dezenas de artigos, alguns livros sobre a história do rock, tem um dos melhores blogs da Internet e está sempre antenado no circuito mundial do ritmo mais popular do mundo, é uma tarefa delicada. Uma pergunta mal formulada ou uma informação sem embasamento pode ser motivo de gafe quando dita frente a um arquivo vivo.
Celebridade à parte, Kid Vinil nos recebeu muito bem. Esbanjou carisma e conversou por cerca de uma hora em sua sessão de autógrafos no lançamento de seu livro “Almanaque Do Rock”, pela Ediouro, realizado no Espaço Cultural da Livraria Saraiva no Shopping Manauara no dia 27 de agosto.
Começou falando ao público, por cerca de 20 minutos, todo o processo de criação do livro contando várias histórias de bastidores. Em seguida partiu pra sessão de autógrafos. Formou-se a fila e esperamos ela terminar pra poder abordá-lo (já havíamos acertado com ele antes que faríamos a entrevista após os autógrafos).
Chegada nossa vez, começamos o bate papo. Foram dezesseis perguntas que abordavam o início da carreira de radialista e músico até suas mais recentes novidades e dicas de bandas promissoras, sem deixar de passar pelos aspectos pessoais que movem essa lenda chamada Kid Vinil. Cada resposta era uma história contada. Lembranças de um passado marcante, saudosismos de momentos únicos e gargalhadas aprovando a satisfação na entrevista.
Indicamos alguns sebos pro ávido colecionador de vinil, passamos CDs de bandas locais e pegamos os devidos autógrafos.
No dia seguinte a lenda fez discotecagem na casa noturna “Fellici” e ainda tocou num show ao vivo com a banda de apoio “Oficial 80”. Chegamos a conversar por uns 10 minutos antes do show e a fizemos algumas imagens. Lembrando que não é a primeira vez que ele tocou em Manaus.
Obrigado pela “aula” Kid. Tomara que outros livros venham, de preferência, sempre com sua presença.


domingo, 5 de setembro de 2010

Dia 04/09 Show do Vulcano





Os Portais do Inferno se abriram em Manaus.

Na noite de 04 de setembro do ano corrente, os portais do inferno se abriram em Manaus. De dentro deles eis que surge a banda Vulcano. Pioneira no black/death-metal brasileiro, o grupo tocou pela primeira vez no “green hell” em seus quase 30 anos de existência. O pré show ficou (respectivamente) por conta das bandas locais “Extremamente Tosco” (que substituiu a programada “Dark Serenity”), “Evil Syndicate” e “Infection” que exerceram o serviço de aquecimento do público com a destreza de profissionais em ascensão. Rugem as enferrujadas dobradiças dos portões infernais e sobe ao palco o Vulcano. Dentre clássicos a músicas novas, umas cantadas em português outras em inglês, cada uma saia na fluência e na competência de quem discorre seu trabalho com a tranqüilidade que só experientes de décadas possuem. A casa não estava lotada, mas o público (cerca de 600 pessoas) fez jus à hospitalidade manauara e faminta do estilo, vez ou outra aclamando em coro o nome da banda nos intervalos entre as músicas e fazendo grande diferença pra chamada desta de volta ao palco no bis. O carisma dos caras é simplesmente cativante. Estiveram quase que constantemente misturados ao público e o fato de não terem trazido roadies, fez com que eles mesmo estivessem à frente do stand de souvenirs. Destaca-se aqui o exemplo de Zhema Rodero, guitarrista e único membro remanescente da formação original, que apesar da idade avançada, não se cansou de tirar fotos ou prestar autógrafos e até mesmo de conversar com quem quisesse. O “figura” é a humildade em pessoa e demonstrou estar a vontade, apesar de ser praticamente uma lenda viva do metal brasileiro. Enfim, uma noite que saciou os manauaras amantes da música pesada. Vale frisar a excelente estratégia da produtora organizadora “Fuck Off Produções” em vender lotes de ingressos antecipados com uma boa diferença de preço. No primeiro lote, o ingresso custava a significante diferença de 100% do preço no dia do evento. Grandes idéias como esta só fortalece a produtora (que garante a promoção do evento ajudando em seus custos iniciais), favorece o público (que tem acesso a um preço popular) e confirma a vinda dos músicos (toda banda precisa do “sinal” de 40 a 50% do cachê antecipadamente pra realizar o show). Parabéns, garotos! Que essa seja apenas a primeira de uma série de empreitadas de sucesso.