Um dos primeiros bares de rock da cidade de Manaus foi o Espaço Aberto. Isto na segunda metade da década de 1980. Localizado num mini shopping center num bairro, até então nobre, da cidade, o local era pequeno, mas aberto com boa ventilação e espaço para circulação. Na época não tínhamos problemas com Internet, computadores pessoais, celulares, mídia digital e outros demônios que facilitam e dificultam nossa rotina de hoje. Como a AIDS ainda não estava difundida, não precisávamos usar preservativos. O movimento rock em Manaus era pequeno. Logo, todos se conheciam e compartilhavam as drogas, as bebidas, as fitas K7 e o sexo. As drogas eram de melhor qualidade e não tinham toda a arqueação que teem hoje.
O bar lotava e o clima era o de um micro festival rocker/junkie. Mais outros dois bares abriram vizinhos no mesmo shopping em afã do público grande, aumentando mais ainda a diversidade e a diversão. Os banheiros eram uma festa à parte. Estavam sempre com várias pessoas. Nas pias alguns usavam cocaína, nos vasos sanitários casais transavam e a fumaça de maconha e nicotina nublava o interior.
Após a sequência de mesas, havia um espaço livre com cerca de 5 metros de distância até um elevado baixo de concreto que servia de palco ao ar livre. Os shows ao vivo geralmente eram aos sábados, e quase sempre tocavam duas bandas na noite. “Torre Astral”, “Dix”, “Artânia”, “Estado De Coma” e “Enigma” eram alguns dos nomes que brilhavam como atrações que tocavam músicas próprias e covers em seus repertórios de gigantes como Iron Maiden, Deep Purple, Judas Priest, Black Sabbath, Whitesnake, dentre muitos outros.
Como sou um dos poucos sortudos que possuem um exemplar dessa peça de museu, disponho-me para veicular a digitalização do trabalho, caso alguém se prontifique em colaborar com o equipamento. Interessados, façam contato.
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