segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Especial Nico

Toda última edição do mês, o programa Vertical Classic Rock realiza um especial de duas horas de duração com apenas um artista ou uma banda. Para a edição extraordinária do mês de agosto, o especial será com a cantora Nico, que cantou no primeiro álbum da banda The Velvet Underground. Contudo, nesta edição o programa apresentará músicas apenas dos discos solos de Nico.

A eterna musa junkie da música alternativa
Nascida em Köln na Alemanha em 16 de outubro de 1938, Christa Päffgen começou a trabalhar com apenas 13 anos de idade como modelo fotográfico, devido a sua chamativa beleza física. Realizou inúmeros trabalhos para revistas como Vogue, Elle, Mascotte, Camera entre outras. Fez vários comerciais de televisão, muitas pontas e papéis coadjuvantes em filmes. Ao trabalhar para o artista multimídia Andy Warhol, este lhe criou o pseudônimo de Nico, que na verdade é um anagrama à “ícone”, “icon” no inglês.

O mesmo Warhol que empresariava a banda The Velvet Underground, convenceu John Cale e Lou Reed a colocarem Nico como vocalista do grupo e com eles, Nico gravou o primeiro e mais emblemático disco lançado no ano de 1967, “The Velvet Underground And Nico”. Um marco na história da música alternativa que viria influenciar e virar referência para o gótico, para a new wave e para o punk. Apesar deste ser o único lançado com o Velvet, Nico viria a lançar vários trabalhos posteriores em parceria com estes músicos ou produzidos por eles. Neste mesmo ano sai o primeiro solo de NicoChelsea Girl”, que é basicamente um disco de folk inspirado no filme experimental “Chelsea Girls” de Warhol e Paul Morrissey. Dentre as músicas, versões para canções de Bob Dylan, Lou Reed, John Cale, Jackson Browne e Tim Hardin. No segundo álbum “The Marble Index”, de dois anos depois, Nico compôs todas as músicas, buscando uma satisfação pessoal que não tivera nos resultados de Chelsea. Em 1970 Nico lança o clássico “Desertshore” produzido por John Cale. Neste meio tempo, a cantora se envolve pesadamente com as drogas onde tal envolvimento passa a refletir uma decadência física e o pesado clima em suas músicas. Em 1974 sai “The End” que além da constante participação de Cale, traz também Brian Eno tocando sintetizadores. O exagero nas drogas retardou o trabalho para o próximo disco “Drama Of Exile” que saiu apenas em 1981. Já sem a parceria com Cale, Drama traz um rock mesclado à música oriental. Quatro anos depois sai o último disco de NicoCamera Obscura” que resgata Cale como produtor e apresenta uma dupla acompanhando a cantora, intitulada como “The Faction”. Em 1988, Nico sai de casa para uma rápida compra, tem uma parada cardíaca e como estava de bicicleta, cai e bate a cabeça. A demora para atendimento médico, devido ao fato da modelo não ter plano de saúde, faz com que uma hemorragia cerebral finde a vida desta controversa musa junkie da música alternativa.

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